O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que interfere no neurodesenvolvimento de uma pessoa. Dessa forma, é possível que haja uma série de características que tendem a influenciar aspectos ligados ao comportamento e a muitas habilidades, por exemplo. Assim sendo, falar sobre o autismo é estar diante de uma variedade, no que diz respeito às diferentes maneiras que ele pode se manifestar. 

Nesse sentido, um ponto que merece destaque é a predisposição que o TEA apresenta em relação às condições associadas, ou seja, as comorbidades no TEA observadas. Com isso, identificar quais são elas não é uma tarefa simples, tendo em vista que o acompanhamento profissional e especializado representa o melhor caminho a seguir. 

Na sala de aula, o desafio pode ser até maior para aqueles educadores que não sabem como lidar com alunos diagnosticados com autismo e outro transtorno associado. Para isso, conhecer o perfil da criança é um importante passo, mas não é o suficiente. Dessa forma, criar técnicas que viabilizem o ensino e aprendizagem desse público é outro detalhe que faz toda a diferença.

O que são Comorbidades no TEA?

Antecipadamente, as comorbidades no TEA são uma junção de uma ou mais doenças (ou condição) a uma já diagnosticada em um mesmo paciente. Nesse caso, a criança pode expor algumas das mais comuns vistas em pessoas com autismo. 

Afinal, quais são elas e como podem interferir na vida do pequeno? Existem muitas perguntas que podem ser feitas, mas é muito importante que os pais, professores e terapeutas estejam atentos para saber o que a criança expressa. Além disso, as comorbidades observadas em uma criança dizem muito sobre o comportamento que ela exerce. 

Aliás, pesquisas apontam que mais de 70% das crianças com autismo apresentam o espectro acompanhado de outras deficiências. Isso mostra o quão necessária é uma abordagem detalhada, pois além do TEA, os pequenos que estão incluídos nas comorbidades precisam também tratar essas condições associadas.

Inclusive, essas crianças com autismo – e que apresentam comorbidades – tendem a demonstrar o lado mais severo do TEA, sobretudo no comportamento e na comunicação. Por isso, propor uma intervenção que venha ao encontro das necessidades do pequeno é fundamental.

Quais são as Comorbidades no TEA mais comuns?

Primeiramente, não podemos deixar de reforçar que saber qual é a comorbidade manifestada pela criança auxilia bastante no tipo de tratamento ideal para ela. A propósito, a condução de uma intervenção adequada é capaz de gerar resultados satisfatórios. Com isso, veja abaixo quais são as comorbidades no TEA mais comuns:

– Deficiência intelectual

Aqui, as crianças tendem a manifestar funcionamento intelectual abaixo da média. Em outras palavras, o aspecto cognitivo dos pequenos tende a ser prejudicado. Nesses casos, as habilidades para se comunicar, estabelecer interação social e desempenhar o autocuidado precisam ser bastante trabalhadas a fim de propiciar o seu desenvolvimento.

– TDAH

Uma das comorbidades mais frequentes no autismo, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) costuma realçar os seus sintomas. Por exemplo, o contexto da sala de aula é comum vermos esses alunos com dificuldades para se concentrar (desatenção); assim como algumas características, como a hiperatividade e a impulsividade. Como o TDAH pode ser confundido com outras situações – ansiedade e desobediência – o diagnóstico tende a dificultar o reconhecimento por parte de um educador mais leigo.

– X-frágil

O x-frágil é uma síndrome, cuja origem é genética. Dessa forma, as crianças podem apresentar alguns traços, como rosto mais alongado, escoliose e orelhas maiores. Importante lembrar que entre os gêneros, os meninos tendem a ser mais acometidos em relação às meninas. As características também incluem: miopia, baixo tônus muscular, aumento dos testículos, queixos grandes, pés mais planos, dificuldade na comunicação verbal e na aprendizagem.  

– Crises de ansiedade

Quando uma criança com TEA tem Transtorno de Ansiedade (TA), a situação tende a ser manifestada por meio da preocupação excessiva, grande tensão e dificuldades no trato social. Há que se ressaltar que a hiperatividade também pode ser observada. 

Além dessas comorbidades, o autismo também pode vir associado a outras condições, como o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD), Depressão, Transtorno Bipolar, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Epilepsia, etc.

Como aprofundar o conhecimento sobre o TEA?

Vocês viram acima que o conhecimento sobre o TEA é essencial para a proposição de estratégias pedagógicas. No contexto escolar, o domínio que os professores demonstram em relação às abordagens simboliza algo indispensável para o desempenho satisfatório do docente frente aos desafios apresentados. 

Assim, procurar por uma especialização que apresente todos os tópicos – de forma aprofundada – é a melhor maneira para se trabalhar com crianças que vivem com TEA. Portanto, o curso de Pós-Graduação em TEA (Transtorno do Espectro Autista), do Grupo Rhema Educação, conta com professores gabaritados no assunto, materiais atualizados e aulas online e ao vivo para garantir a dinamicidade tão necessária para o seu aprendizado. Ficou interessado? Fale com um de nossos consultores.

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