Olá, professores!

A princípio, o início da pandemia impôs muitas mudanças em nossa forma de lidar com a vida pessoal e profissional. O distanciamento social foi o ponto máximo dessa nova maneira de as pessoas se relacionarem. Com isso, tudo precisou ser reformulado para evitar o risco da contaminação pelo novo coronavírus.

Dentro dessa série de mudanças, a readaptação do ensino foi inevitável. Nesse sentido, instituições educacionais precisaram adotar alternativas para driblar a falta de aulas presenciais. Inclusive, na educação infantil o desafio consistiu em criar estratégias pedagógicas para atrair a atenção das crianças, uma vez que o ambiente doméstico tem grande potencial para distrair os pequenos.

E com as escolas que estão reabrindo?

Algumas localidades começaram a ver a reabertura de escolas com todas as medidas de segurança e muita precaução. Assim sendo, os pais que se sentiram seguros em enviar seus filhos para a sala de aula puderam contar com todo o esquema estabelecido pela instituição.

Dessa forma, o retorno gradual e cauteloso para o contexto escolar traz alguns desafios para educadores e os demais funcionários, tendo em vista que os protocolos devem ser seguidos à risca. Com efeito, saber sobre os procedimentos corretos pode significar um passo importante na condução das tarefas e dos compromissos escolares.

Como lidar em sala de aula?

Em primeiro lugar, os professores devem seguir as orientações da coordenação pedagógica da instituição. Aliás, as escolas também cumprem as medidas criadas pelos comitês de segurança de cada município ou estado. Portanto, tudo o que se vê nas salas de aula é resultado de muito estudo e análise de equipes médicas.

Nesse sentido, é importante manter a disciplina em relação a todas as sugestões para promover um ambiente seguro às crianças e a todos os profissionais. Com isso, seguem algumas recomendações reforçadas pelo UNICEF:

– Manter uma distância de pelo menos 1,5 metro entre todos os presentes na escola;

– Aumentar o espaçamento das mesas (pelo menos 1,5 metro entre as mesas), escalonar intervalos e horários das refeições (se for difícil, uma alternativa é almoçar nas próprias carteiras escolares);

– Evitar reunir diversas turmas e atividades extraclasse. Por exemplo, alunas e alunos ficam em uma sala de aula durante todo o dia, enquanto somente os professores e professoras circulam entre as salas; cada turma pode usar entradas diferentes, ou escalonar a entrada e a saída da sala de aula e da escola;

– Alternar os dias letivos, variar os horários de início e término e evitar que estudantes, professoras e professores fiquem todos juntos ao mesmo tempo;

– Aumentar o número de professores, se possível, para permitir menos estudantes por sala de aula (se houver espaço disponível);

– Evitar aglomeração durante a entrada e saída dos alunos e alunas e sugerir que pessoas mais velhas (por exemplo, avós) não acompanhem os (as) estudantes. –

– Escalonar os horários de entrada e saída da escola (de acordo com a faixa etária) para diminuir qualquer grande concentração de crianças em um mesmo horário;

– Usar sinais, marcações no chão, fitas, barreiras e outros meios para manter 1,5 metro de distância nas filas;

– Discutir como serão realizadas aulas de educação física e esportes de forma segura;

– Optar por aulas ao ar livre ou ventilar as salas o máximo possível;

– Incentivar os (as) estudantes para que não se reúnam em grandes grupos ao sair da escola.

O que fazer em relação à higienização das mãos?

Por se tratar de ensino infantil, o acompanhamento é fundamental no procedimento de higienização das mãos. Assim sendo, seria ideal se a escola providenciasse mais pias para a lavação. No entanto, sabemos que cada escola depende de verbas, estruturas, etc.

Nesse caso, os educadores devem contar com o auxílio dos demais ajudantes da instituição para conduzir as crianças. Afinal, o momento pede muita atenção com a higiene das mãos. Além disso, os pequenos tendem a tocar algum objeto e coçar os olhos, o nariz ou a boca.

Dessa forma, o cuidado deve ser redobrado por parte dos professores e de seus auxiliares. Para isso, algumas medidas devem ser tomadas, como estas a seguir:

– Evitar que as crianças se aglomerem próximo às pias;

– Fazer com que cada uma delas seque bem as mãos;

– Jamais fazer fila indiana para organizá-las;

– Providenciar sabonete líquido em todas as pias;

– Providenciar álcool em gel na sala de aula, na portaria e em outros lugares da escola;

– Nunca reaproveitar a toalha de papel ou pano.

Mais uma vez, o UNICEF sugere algumas dicas para incrementar a prática da higienização das mãos por parte das crianças:

– Crie uma música para a higiene das mãos para cantar com seus alunos e alunas;

– Peça aos meninos e meninas que façam cartazes sobre higiene para a sala de aula;

– Defina um ritual de higiene das mãos. Selecione um horário específico durante o dia, como antes/depois do lanche, para que todos lavem as mãos/apliquem álcool em gel a 70% nas mãos;

– Demonstre fisicamente como lavar as mãos e aplicar o álcool em gel;

– Monte um sistema de pontos em sua sala de aula: conceda pontos aos alunos e alunas a cada vez que lavarem ou higienizarem as mãos;

– Peça aos estudantes que criem uma campanha sobre a higiene das mãos e coloquem esses cartazes/anúncios em toda a sala de aula ou na escola em locais bem visíveis.

E se a criança manifestar algum sintoma?

Primeiramente, é preciso conduzir o pequeno a um local aberto e que seja ventilado. Logo depois, entre em contato com alguma pessoa da escola que possa ajudar a medir a temperatura e a ligar para os pais.

Em todo caso, o uso da máscara deve ser obrigatório e os educadores precisam estar atentos em relação à utilização correta do acessório. Caso os sintomas sejam presenciados em outros alunos, a coordenação precisa ser comunicada imediatamente para tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança de todos.

Referência

UNICEF. Precauções na sala de aula durante a pandemia de Covid-19: dicas para proteger educadores, educadoras e estudantes.

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