tea

Quem trabalha no ambiente escolar sabe como esse local é diversificado, principalmente quando nos damos conta de que cada pessoa é única. Nesse sentido, não é nenhuma surpresa que os pequenos apresentem características bem distintas umas das outras. Agora, como ensinar as crianças sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista) em sala de aula?

Primeiramente, é importante salientar que estamos falando sobre a conscientização na turma acerca dos coleguinhas que podem conviver com o autismo. Partindo desse ponto, o próximo passo é pensar nas formas de abordagem desse tema, sobretudo porque os alunos devem aprender o que acontece no TEA.

Além disso, as crianças precisam saber como lidar e como ajudar, caso percebam que algum colega necessite de um apoio. Com isso, os educadores são peças-chaves na transmissão dessas informações; e eles também atuam na mediação do conhecimento sobre o autismo a seus alunos.

A pergunta que fica é a seguinte: o que fazer para tornar o TEA um assunto a ser tratado entre eles? Trazer o tema para o convívio dos educandos é fundamental para que o respeito à diversidade seja algo presente e colocado em prática entre todos. Vejam algumas dicas abaixo.

Como introduzir o TEA para meus alunos?

O começo sempre é mais difícil, mas é necessário dar o pontapé inicial. Assim, uma sugestão é iniciar a abordagem falando que cada pessoa tem um jeito especial de estar nos ambientes e vivenciar suas experiências. Desse modo, vocês podem esclarecer a forma como cada um aprende.

Nesse caso, o exemplo de como o cérebro de todos nós costuma atuar no aprendizado é uma maneira de ilustrar a explicação. Portanto, é interessante mostrar aos pequenos que nosso sistema cerebral é como um computador, uma vez que todas as nossas funções estão intimamente ligadas a esse importante fator.

Porém, avise que nem todos os ‘computadores’ são iguais e isso implica em uma maneira singular de processar as informações, ver e interpretar o mundo. Então, o cérebro de uma criança com autismo é como esses computadores: potentes, interessantes e que podem contribuir muito com a turma.

O colega com TEA pode me ajudar nas atividades?

A princípio, as crianças podem fazer esse questionamento. Prontamente, a resposta dada a elas deve ser sim, pois o aluno que vive com TEA tem muito a oferecer à turma. Para que todos entendam a explicação, demonstre que no autismo – respeitados os espectros relacionados – o colega pode ser um verdadeiro gênio nas atividades que envolvem cálculos e artes, por exemplo.

No entanto, é preciso ressaltar que outras habilidades podem ser mais difíceis para eles, como a escrita. Inclusive, a comunicação é um fator que também tende a se revelar mais complexo. Seja como for, tem lugar para todo mundo mostrar o que pode dar de melhor na realização das atividades.  

Com efeito, esse exemplo pode ajudar a turma a entender que cada um tem algo para disponibilizar e auxiliar nas tarefas diárias. Aliás, as habilidades e competências dos alunos com autismo são elementos importantes e merecem toda a atenção para que o melhor dessas funções seja utilizado em benefício dessas crianças.

O colega não me dá atenção, o que fazer?

Outra pergunta a ser feita é em relação à interação do aluno com autismo. Dessa forma, o jeito mais apropriado é explicar que as respostas sociais no TEA são realmente diferentes, mas isso não está ligado a um desdém do colega. É apenas um modo de receber as informações.

Muitas pessoas pensam que uma criança com autismo não é carinhosa e nem está muito interessada em interagir. No entanto, tudo isso é uma questão que deve ser olhada separadamente. Afinal, a pouca interação e as atitudes responsivas podem estar ligadas ao espectro em que o pequeno está.

Por outro lado, há muitos alunos com autismo que querem e gostam de ter amigos; são gentis e estão dispostos a contribuírem nas tarefas pedagógicas e lúdicas. Portanto, mostre às crianças que é possível estabelecer vínculos e amizades com o colega que vive com TEA.

E as atividades que envolvem sons, barulhos e outros estímulos?

Aqui, é necessário que a conversa aborde as hipersensibilidades ou as hipossensibilidades. Nesse sentido, vocês devem explicar o que acontece com as crianças incluídas no TEA, sobretudo no que se refere às estimulações sensoriais.

Assim sendo, vale indicar, por meio de demonstrações, como determinado barulho, toque, aroma e cores podem impactar negativamente o processamento de informações. Dessa forma, procurem por alternativas que possibilitem a realização das atividades.

Os professores precisam ser informados sobre que estímulos não são adequados para o aluno. Como resultado, todos terão a oportunidade de vivenciar as melhores situações, para que a turma veja como conviver e aproveitar ao máximo a presença do colega com autismo pode ser bastante interessante.

Por fim, é essencial que a criança esteja devidamente amparada por profissionais que ofereçam intervenções adequadas. Dessa maneira, a experiência em sala de aula tem de tudo para ser bem-sucedida em todos os aspectos.

É possível aprender mais sobre o TEA?

Sim. Depois das dicas que mostraram como ensinar as crianças sobre TEA em sala de aula, muitos de vocês devem estar se perguntando se existe formas de aprofundar esse conhecimento. Por meio da especialização, todas essas abordagens são tratadas com mais detalhamento.

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