A princípio, muitos profissionais procuram se informar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em função dos desafios que a própria condição apresenta. Dessa forma, trabalhadores que atuam na educação e em áreas correlatas são os grandes interessados em saber quais são as formas de proporcionar desenvolvimento a pessoas que vivem com Autismo.

Nesse caso, o enfoque é nas crianças e adolescentes que estão em fase escolar. Afinal, o contexto plural do ambiente pedagógico simboliza um espaço rico para experiências de todos os lados: alunos, professores e demais funcionários da escola.

Portanto, vejam a seguir o que é e como a ABA pode contribuir para o progresso das habilidades presentes no Autismo; e qual o caminho ideal para trabalhar com o público infanto-juvenil vivendo com TEA. Além disso, relembre alguns pontos importantes sobre o transtorno.

ABA é um método ou uma ciência?

Antes de tudo, uma informação que muitas pessoas ainda não sabem: a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) não é um método ou técnica. A ABA é uma ciência, cujo objetivo é estudar o comportamento humano aplicado aos contextos sociais. Inclusive, a ABA também considera e estuda os estímulos antecedentes, as operações motivadoras e as respostas obtidas.

Assim sendo, essa abordagem jamais vai oferecer um conjunto de regras e metas pré-estabelecidas. A ABA é algo complexo para quem estuda e atua profissionalmente se baseando em tais evidências comprovadas pela ciência.

Que pontos da ABA precisam ser conhecidos?

A ABA considera alguns pontos como sendo imprescindíveis para sua aplicação, são eles:

– O comportamento não é passivo de definição qualitativa;

– O comportamento não é limitado ao que pode ser observado;

– A ABA não ignora processos cognitivos e afetivos;

– A ABA não ignora o que há de único e particular no sujeito;

– A ABA não considera o ser humano como um organismo passivo diante do meio.

Qual é o foco principal da ABA?

A ABA analisa com profundidade as possíveis funções de comportamento, tendo como base pilares como a atenção, a obtenção, a fuga e a esquiva. Em outras palavras, os especialistas em ABA observam o porquê de tal comportamento ser adotado.  

Primeiramente, a atenção enfatiza no fato de o paciente obter comportamento atento de forma direta e/ou indireta. Logo depois, a obtenção está voltada para a disposição manifestada pela criança e cujo objetivo final seja ter acesso a algo.

Além disso, a fuga se baseia naquelas pessoas que se comportam de qualquer maneira que seja o suficiente para ajudá-la a sair de uma situação. Por fim, a esquiva se pauta no comportamento adotado de maneira a evitar que uma situação aversiva ocorra.

Como relacionar a ABA com o desenvolvimento de uma criança com TEA?

A sala de aula é um dos locais em que o aluno com Autismo pode ser beneficiado com a ABA. Assim, saber como essa criança aprende é o ponto inicial para proporcionar uma abordagem eficaz em seu contexto.

Dessa forma, os educadores que pretendem trabalhar com esse público devem ter em mente que o processo de ensino de crianças com TEA deve ter os mesmos princípios do ensino de qualquer criança. Ou seja, entendê-la como única e identificar quais são as suas particularidades.

A partir disso, é importante que se faça uma avaliação para saber o que a criança com Autismo já conhece e ainda não. No entanto, vocês nunca devem supor o que o aluno sabe sem antes avaliá-lo.

Outro detalhe é que quanto mais cedo for o estímulo nos primeiros anos de desenvolvimento, maiores serão as possibilidades para a aquisição de habilidades cognitivas, assim como novas aprendizagens. Enfim, o processo tende a ser mais satisfatório, proporcionando aos alunos uma experiência interessante ao longo do percurso pedagógico.

O que fazer para contribuir com o processo de aprendizagem da criança?

– Definir o objetivo de ensino;

– Identificar se os pré-requisitos para desenvolver a atividade proposta já estão instaurados no repertório da criança;

– Adotar passos menores em algumas atividades (em outras palavras, fragmentar determinadas tarefas para facilitar a execução pelo aluno);

– Adotar estratégias que promovam a motivação/estímulo;

– Identificar a necessidade de apoio verbal, gestual ou físico para a realização da demanda proposta.

O que os educadores precisam levar em conta?

Na hora de ensinar, os professores devem ter conhecimento de alguns detalhes do aluno com TEA. Dentre eles, a existência de alguma comorbidade. Nesse sentido, as principais são o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada), déficit de linguagem, deficiência intelectual, distúrbio neurobiológico, comportamentos autolesivos, fobias, tiques motores, etc.

Portanto, é fundamental que se tenha essas informações para oferecer aos pequenos e aos adolescentes um ensino de qualidade. Com base na abordagem da ABA, esses educadores podem contribuir muito na trajetória pedagógica da criança, proporcionando o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Então, ficou interessado e quer conhecer mais sobre o assunto? O Grupo Rhema Educação tem o curso de Pós-Graduação em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) na Educação de Pessoas com TEA, com aulas on-line e ao vivo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome