dislexia

O processo de desenvolvimento de uma criança perpassa por diferentes etapas. Na idade escolar, alguns detalhes começam a se tornar evidentes, diante da evolução de competências e habilidades. Porém, outros fatores podem se mostrar com determinada frequência no dia a dia do pequeno.

Com isso, o aluno tende a manifestar características peculiares, que se reforçam no decorrer do caminho da alfabetização. Dentre os aspectos observados, os professores da criança encontram a possibilidade de presenciarem sintomas que remetam a distúrbios, transtornos e condições que merecem maior atenção por parte dos profissionais.

Vamos entender o que é a Dislexia?

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a Dislexia é definida como um transtorno específico de linguagem, cujos sinais podem ser percebidos nos primeiros passos do percurso escolar. Assim, saber diferenciá-la de outras situações, como o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), representa um importante detalhe na proposição de estratégias em sala de aula.

Além disso, conhecer os pontos relevantes para essa abordagem também pode ser fundamental para que os pais da criança compreendam que a Dislexia não é preguiça ou fracasso escolar, mas algo mais sério e que deve ser observado com outros olhos. Afinal, a Dislexia tem como característica principal a dificuldade de desenvolver os componentes fonológicos da linguagem.

A Dislexia tem cura?

Em primeiro lugar, a resposta para este questionamento merece uma explicação: a Dislexia não é uma doença, mas um transtorno (como visto acima). Portanto, existe acompanhamento e adoção de técnicas para amenizar os sinais.

Isso significa que perguntar se existe cura para algo que não seja uma doença não é recomendável. Desse modo, as condições consideradas doenças encontram soluções (medicamentosas e\ou clínicas) que podem eliminar o agente que causa o mal.

Por outro lado, os transtornos não são extintos da vida da pessoa. Entretanto, as intervenções visam ao controle dos sintomas e a busca pela autonomia. Resumidamente, o indivíduo pode conviver de forma plena com os transtornos, desde que haja o tratamento necessário.

Assim sendo, só existe cura para doenças. Para transtornos, há acompanhamentos e estratégias que permitem qualidade de vida às pessoas. Por fim, o importante é saber a diferença entre esses conceitos para facilitar a procura por profissionais que ofereçam abordagens adequadas.

Que sinais da Dislexia são presenciados na Educação Infantil?

De acordo com a professora Luzia Ferrari (2021), muitos são os sintomas observados já na Educação Infantil, mas é preciso que os educadores estejam atentos. Vejam quais são:

– O aluno com dislexia demonstra falta de interesse por materiais impressos;

– Dificuldade de aquisição da leitura e escrita;

– Dificuldade para aprender músicas e rimas;

– Dificuldade com quebra-cabeças;

– A criança fica dispersa com facilidade;

– Possui dificuldade para desenvolver o foco e a atenção;

– Possui atraso no aprendizado da linguagem (fala);

– Vocabulário pobre, imaturo, sentenças curtas;

– Confusão em manusear mapas, dicionários, listas em geral, etc.;

– Falta de organização e dificuldade em cumprir metas e prazos;

– Dificuldade de compreender entre esquerda e direita;

– Dificuldade de coordenação motora (escrita, dança, músicas).

Como você viu acima, a Dislexia é muito mais que um déficit na elaboração da linguagem. Dessa forma, a atenção e a participação dos pais na vida escolar da criança é um detalhe totalmente importante na condução de estratégias para a proposição de intervenções.

O que é preciso saber sobre alguns desses sinais?

Primeiramente, o tratamento é fundamental para que o aluno com dislexia possa desenvolver suas habilidades na escola e na vida social. Porém, alguns desses sintomas devem persistir, mesmo com o acompanhamento profissional. São eles:

Dificuldades em escrever (ortografia);

– Dificuldades para compreender textos escritos;

– Lentidão na aprendizagem da leitura.

Além disso, outros sinais também podem ser observados com determinada frequência, mesmo que não haja preponderância em todos os casos:

Disgrafia (letra feia);

– Discalculia (assimilação de símbolos e tabuada);

– Dificuldades com a memória de curto prazo e organização;

– Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de tarefas complexas;

– Dificuldades em aprender uma segunda língua. (FERRARI, 2021)

A Dislexia tem relação com o Q.I do aluno?

Antecipadamente, a resposta é não. A Dislexia não exerce nenhuma influência sobre a inteligência da criança. Inclusive, há alguns pontos que merecem ser desmistificados para derrubar equívocos acerca desse transtorno.

O primeiro diz respeito ao fato de a intervenção precoce ser aconselhável, mesmo que a Dislexia seja uma condição permanente. Logo depois, podemos salientar que o diagnóstico adequado é a única maneira de identificar sua existência.

Como contribuir para o aprendizado em sala de aula?

O aluno com dislexia pode encontrar excelentes aliados nos professores. Afinal, há técnicas que propiciam uma trajetória bem-sucedida no ambiente pedagógico. Para isso, os professores são dotados de estratégias voltadas à conduta e ao desenvolvimento da aprendizagem da criança.

– Instrução precisa e clara;

– Estímulos diários, elogiando pequenas e grandes conquistas;

– Esclareça dúvidas a todo momento;

– Incentive provas e exercícios na modalidade oral;

– Dê mais tempo durante a prova.

Como dominar todas essas estratégias?

A busca por um caminho de especialização é a melhor alternativa. Portanto, o curso de Pós-Graduação em TDAH e Dislexia, do Grupo Rhema Educação, é uma opção interessante para quem deseja dominar todas as técnicas necessárias.

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Referência

FERRARI, Luzia. TDAH ou Dislexia: aprenda a intervir e diferenciar em sala de aula. Rhema Educação, 2021.

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