crianca-na-escola

Desde março deste ano, o sinal amarelo se acendeu em todos os cantos do mundo em função da pandemia do coronavírus. Todos nós tivemos de adotar formas de prevenção, entre elas está o distanciamento social. Com isso, o convívio diário com nossos alunos ganhou novos contornos e desafios. Afinal, como ficaria a aprendizagem dos pequenos? Que ferramentas poderiam ser usadas? E as avaliações? 

Certamente, essas perguntas não são tão simples de serem respondidas, considerando que cada criança apresenta uma característica quando estimuladas em sala de aula. Há aqueles que entendem o conteúdo mais rapidamente; outros demoram mais ou precisam de um acompanhamento mais específico. Enfim, que estratégias podem abarcar as necessidades dessas crianças e o que as escolas têm feito até aqui?

Qual a primeira medida a ser adotada? 

O passo inicial é reunir todo o corpo docente da escola e estabelecer como será a condução das disciplinas neste momento. Trabalhar com novas datas e avaliações é importante; e a criação de um canal de comunicação oficial da instituição deve ser pensada. 

Essa reunião também tende a decidir como será a administração dos conteúdos. Cabe flexibilizar ou adotar um projeto integrador? Este último, por exemplo, poderia servir de base para um trabalho que abrangesse as matérias ensinadas em sala de aula. Porém, todos devem avaliar se a escola tem condições para isso. A democratização é um fator que precisa ser levado em conta, uma vez que todas as crianças da instituição devem ter acesso às aulas.

Que estratégias de comunicação são as mais eficazes?

Considera-se que o ano letivo ficaria completamente defasado sem a iniciativa de muitas escolas ao adotar o ensino a distância. No entanto, os projetos voltados para essa interação devem ser pensados a médio e longo prazo, uma vez que há determinadas localidades enfrentando situações delicadas por conta da pandemia. 

Diante disso, estabelecer estratégias de comunicação que propiciem a vocês e aos alunos uma boa experiência é crucial. Antes de projetar o formato adequado das aulas e o meio em que elas serão exibidas, a escola precisa pensar em um canal oficial em que professores e outros profissionais podem se comunicar com o objetivo de trocar informações. 

Quanto ao ensino, a adoção de uma plataforma interativa é a melhor maneira de levar os conteúdos aos alunos. Mas alguns detalhes não devem ser subestimados, como a conexão com a internet e, principalmente, a interface. Imagina a criança aprendendo em um ambiente virtual que tenha poucos estímulos, letras pequenas e com poucas cores. É importante pensar em tais pontos.

Plataformas de gerenciamento de aprendizagem (LMS) são excelentes, como Edmodo, Google Classroom, entre outras. Para trabalhos cooperativos, a escola pode optar pelo Office 365 e o G Suite. Já o Skype e o Google Hangouts são boas escolhas para a promoção de interatividade entre todos os alunos. 

Como preparar as aulas?

Após escolher a plataforma e as demais ferramentas que serão utilizadas, é necessário esquematizar os materiais a que os alunos terão acesso; e como os conteúdos serão disponibilizados. Além disso, pensar em maneiras de tornar o ensino mais dinâmico é essencial. 

As aulas podem contar com vídeos produzidos pelos próprios professores, por exemplo. Outra opção que a escola pode contar é com o uso de repositórios que tenham jogos educativos para tornar essa experiência durante a epidemia mais satisfatória. 

Existem locais em que os educadores podem acessar tais conteúdos. Plataforma MEC RED, disponibilizado pelo Ministério da Educação e com 321.316 recursos disponíveis. Além disso, há a Escola Digital – com acervo nacional e portais customizados para diversas redes de ensino. 

Este período exige novos métodos de ensino e convivência. Cada escola tem suas necessidades e características específicas. No entanto, o ensino por meios tecnológicos tem mostrado uma vertente interessante para aproximar alunos e professores em pleno isolamento social.

Fonte:

DALLAGNELO, Lúcia. Escolas conectadas: aprendizagem em tempos de coronavírus. Revista Educação, São Paulo, mar. 2020. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome