alfabetização para alunos com TEA

Olá, professores!

O ato de alfabetizar é um desafio que todos os educadores precisam saber lidar. Nesse sentido, ensinar uma pessoa a dominar as habilidades que propiciarão a leitura, a escrita e todas as competências relacionadas não é uma tarefa simples. Afinal, é necessário conhecer e respeitar as diversas nuances que acompanham as crianças. Assim sendo, cada uma delas carrega uma vivência diferente, o que impacta na forma como os pequenos vão aprender, receber as informações, permitir-se à abstração necessária para adquirir os conhecimentos.

Quando se trata da alfabetização para alunos com TEA (ou Transtorno do Espectro Autista – TEA), a situação passa a requerer alguns métodos que visem ao aproveitamento da criança, ou seja, vocês devem adotar as medidas cabíveis para promover a alfabetização. Com isso, o corpo pedagógico da escola deve decidir quais as atividades são as mais indicadas.

Que atividades são essas?

Algo que não pode ser descartado é que a criança com autismo pode apresentar comunicação verbal ou não verbal (o que será tratado mais à frente). Nesse sentido, conhecer a realidade do aluno é o primeiro passo. Portanto, a partir dessa observação, torna-se possível estabelecer as estratégias que nortearão as atividades a serem utilizadas em sala de aula para a alfabetização do aluno que vive com o TEA.

– Aproveitar um assunto/objeto para estimulação

Uma das características do autismo é o fato de a criança demonstrar bastante interesse por algo específico. Isso pode ser um determinado tema ou utensílio, por exemplo. Com efeito, vocês podem utilizar o que desperta esse apreço no pequeno para propor uma tarefa que trabalhe com a sua alfabetização. Se o assunto ‘avião’ for tudo que a criança gosta, estrategicamente as atividades podem contar com esse importante item.

– Use elementos que tragam familiaridade

Quando a atividade carrega imagens que são familiares à criança, ela tende a se interessar pelo o que é proposto. Assim sendo, as aulas podem contar com livros que façam parte da alfabetização e que usem esses tais elementos próximos ao contexto do pequeno.

– Use figuras com o nome dos objetos

Primeiramente, é possível tornar a atividade em algo ainda mais lúdico, sobretudo quando você disponibilizar figuras coloridas e que contenham o respectivo nome do que está representado ali. Dessa maneira, isso pode ajudar a criança a fixar as palavras de acordo com os desenhos e ensinar novas expressões.

Por fim, existem outras inúmeras tarefas que podem ajudar os pequenos que vivem com TEA nesse percurso da alfabetização. Aqui foram citados apenas alguns para que vocês vejam como eles podem variar.

Como a metodologia fônica pode ajudar?

No caso de alunos com autismo que usam a comunicação verbal, a metodologia fônica é um importante aliado no auxílio ao aprendizado, tendo em vista que este método tem a prerrogativa de usar os sons que cada letra produz. Do mesmo modo, o cérebro consegue assimilar de forma proveitosa o som emitido e, assim, contribuir para o aprendizado.

Entretanto, quando a criança manifesta a comunicação não verbal, a metodologia fônica pode ser adaptada; “dentre elas, destacam-se o uso da Comunicação Alternativa e Ampliada e o método não verbal de leitura (Nonverbal Learning Approach), proposto por Wolff-Heller et al. (2002)”. (NUNES & WALTER, 2016)

O que a escola precisa para promover a inclusão?

De acordo com Silva e Oliveira (2018), a instituição deve se preocupar em oferecer um ensino que seja igualitário, sem preconceitos ou ideologia. Além disso, os alunos precisam ter condições de pleno acesso e participação no que é apresentado em sala de aula. Definitivamente, a escola tem a missão de proporcionar recursos para a concretização da alfabetização para alunos com TEA.

Fontes:

NUNES, Débora Regina de Paula; WALTER, Elizabeth Cyntia. Processos de leitura em educandos com autismo: um estudo de revisão. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 22, n. 4, out./dez. 2016.

SILVA, Jaqueline; OLIVEIRA, Nathália de. Crianças autistas no processo de alfabetização: práticas pedagógicas inclusivas. Revista Contemporânea, v. 3, n. 1, jan./jun. 2018

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