AUTISMO E AS CORES

As cores por si só não possuem um sentido próprio; é fato que todos nós temos uma cor que adotamos para a nossa vida, nosso dia… As cores muitas vezes têm o poder de nos deixar alegres ou até introspectivos, apenas porque existem limites impostos pela natureza física e humana que as cores possuem seus significados. 

Existem culturas que a cores manifestam significados diferentes, regendo experiências próprias ao contexto em que estão inseridos. Ou seja, as cores possuem seus efeitos e suas diferentes percepções.  

Quando se trata de pessoas com autismo a percepção das cores não necessariamente se manifesta de acordo com essas experiências, pois a cor pode causar uma sobrecarga sensório-visual, ou ser objeto de obsessão e alívio, de acordo com a hiper ou hipossensibilidade de cada indivíduo.

 Segundo estudos de diversos autores, as pessoas com autismo apresentam menos precisão do que as pessoas neurotípicas em determinados processos como a procura por cores, memória de cores e detecção do ponto de transição das cores.  

A pessoa com autismo, na maior parte das vezes tem menos capacidade de discriminação cromática independentemente de existir ou não alguma hipersensibilidade. Porém, é necessário ressaltar que a percepção das cores por crianças com autismo varia conforme a história, experiência e o contexto em que o indivíduo se encontra. 

Em testes sobre a percepção das cores em pessoas com autismo onde 85% das crianças viram as cores com maior intensidade do que as neurotípicas, 10% viram da mesma forma que as outras, e 5% não conseguiram distinguir as cores, enxergando tudo em tons de cinza. Essa última porcentagem de crianças geralmente procurava por cores primárias, pois gerava um melhor estímulo visual. E as cores suaves ou tons frios tiveram efeito calmante na maioria das crianças. 

O SIGNIFICADO EMOCIONAL DAS CORES 

Existem algumas cores que geram sentimentos ou emoções tanto nas pessoas que não possuem nenhum tipo de distúrbio quanto para quem é diagnosticado com Autismo. 

A cor azul está associada à alegria e na influência da verbalização das pessoas. No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e de maior equilíbrio para as pessoas. Ou seja, em uma sobrecarga sensorial, o azul auxilia para o bem-estar da criança, trazendo mais tranquilidade e leveza ao Autista. 

As cores laranja e amarela, por serem muito próximas, pode ajudar no estímulo social dos pequenos. Quebrando uma monotonia, e sendo muito usada ao despertar a alegria e bom-humor de uma maneira relevante na criança.  

As cores conseguem ultrapassar as barreiras da mente, levando um pouco de equilíbrio emocional ao autista. 

3 DICAS DE COMO ENSINAR CORES E IMAGENS PARA UM AUTISTA 

Ensinar cores pode ser algo difícil quando se trata de crianças autistas, já que é difícil a elas fazer associações. Se a criança estiver cercada por diversos itens de cor similar, essa pode acabar sendo uma situação bastante confusa.

Comece com uma única cor, juntamente a suas tonalidades. Mantenha três imagens à frente da criança, para mostrar a ela a diferença entre verde-claro, verde-escuro e o verde comum. Dessa forma, ela será capaz de aprender que há diversas tonalidades da mesma cor.

O excesso de possibilidades pode facilmente fazer com que uma criança autista se sinta confusa com respeito ao que escolher. Em termos de cores, é muito fácil para a criança se confundir, quando alguém a pede para escolher uma cor a partir de uma grande amplitude de opções. Tente limitar as escolhas da criança de modo que ela se sinta confiante a respeito do que ela deve escolher. Por exemplo, se você deseja que ela escolha o vermelho, coloque apenas uma cor a mais sobre a mesa, de tonalidade completamente distinta (digamos azul) e pergunte a ela qual é a cor vermelha. Isso evitará que ela se confunda com cores semelhantes.

Algumas crianças autistas podem ter fortes preferências quando se trata de cores. Esses sentimentos fortes de desejo ou desgosto podem interferir em sua aprendizagem. Por exemplo, às vezes a presença de uma cor específica em uma imagem — não importando quão sutil — pode obscurecer a mente da criança, evitando que ela compreenda a figura como um todo.

Logo, é de grande ajuda entender a criança e suas preferências individuais antes de apresentá-la a muitas cores. Até que você tenha identificado as preferências da criança, as cores devem ser mantidas simples, únicas e puras, ao invés de usar padrões bicoloridos ou multicoloridos. Em alguns casos, usar imagens em preto e branco será a opção mais segura.

A CROMOTERAPIA É INDICADA PARA TODOS OS CASOS DE AUTISMO?

A cromoterapia, é um dos tratamentos que tem se mostrado eficaz no Autismo, porém como todos sabemos não podemos generalizar todos os casos.Porém o uso da cromoterapia em Autistas tem surpreendido na maioria dos casos, sempre com acompanhamento do médico e da equipe multidisciplinar avaliando cuidadosamente as condições de casa criança.

Você identificou no texto acima alguns fatores que podem influenciar no desempenho de seus pequenos?

O desafio é grande, e você precisa cada vez mais de estratégias que possam colaborar para a boa prática de ensino.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Sensacional, sou Terapeuta e trabalho com crianças estava fazendo uma pesquisa e o Post de vocês está ótimo, no meu ver este é um fator bastante presente, o diagnóstico do autismo pode não estar fechado mas percebo que as vezes esse é um dos primeiros traços.

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